domingo, 19 de outubro de 2008

Primavera

Ela tem o cabelo louco
Uma mecha pra mim
Eu mecho um pouco
Espero um pouco
Emudeço
Vou lá
Pegar pra mim
Ela e a mecha
Levo uma flor junto

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dias de chuva

parece que o mundo vai acabar

vejo um espelho distante, longe

mãos e pés gelados.



torço pelo fim do inverno,

da distância,

e da razão (ou da vontade).



meias e luvas pra nós

filmes e livros bons

alguns amigos



não esqueçamos do vinho

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Viagem ao mundo camponês


apresento abaixo o link da maravilhosa obra de Alexander Chayanov "Viagem de meu irmão Alexis ao País da Utopia Camposena". Em tempos onde se volta a falar de campesinato essa é uma obra que agrada a todos, tanto pelo seu conteúdo literário como pelo seu lado político.


espero que deliciem-se!


http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/historia/hist21/hist21_apresentacao.htm



Viva a Classe Trabalhadora!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Letras

Letras e palavras
Lidas ou ditas
Tua boca adoça
Quero teu aconchego
Calor do inverno
Mãos geladas
Bochechas rosadas
Longe, distante
Vem,
Mais perto!
Senão eu vou!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O direito de viver (Victor Jara)

O direito de viver
poeta Ho Chi Minh
que golpeia do Vietnã
toda a humanidade
Nenhum canhão apagará
o sulco de teu arrozal.
O direito de viver em paz!

Indochina é o lugar
mais pra lá do mar largo
donde reinventaram a flor
com genocídio e napalm.
A lua é uma explosão
que funde todo o clamor.
O direito de viver em paz!

Tio Ho, nossa canção
é fogo de puro amor,
é pombo pombal,
oliveira do olival.
É o canto universal
cadeia que fará triunfar.
O direito de viver em paz!


Victor Jara

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Acerca dos muros invisíveis

Estes são os piores, não podemos pular por cima, é impossível equilibrar-se no topo e muito difícil destruí-los. Não são feitos de tijolos e pedras, são construídos não sabemos bem do quê. E o pior de tudo, escondem muita coisa: escondem a verdade – se é que ela existe-, escondem nossos sentimentos de nós mesmos e das pessoas que amamos, escondem nossos desejos a ponto de acharmos impossível realizá-los, escondem as coisas e como diria Drummond “eu não sou as coisas e me revolto”, escondem o que não existe e por isso tememos tanto o desconhecido, e escondem também a si mesmos, pois não podemos vê-los nem tocá-los.
...derrubaremos esses muros, nem que para isso tenhamos que cair vários tombos!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

desatualização

este blog está temporariamente desatualizado devido a probelems técnicos.
retornaremos em breve