domingo, 30 de agosto de 2009

Amor, uma defesa

Depois de ler Ode ao amor, Ana destruiu meus argumentos com esse poema, publico-o abaixo.


"Amor, uma defesa


Vejo, ouço, toco, percebo uma multiplicidade de coisas,
mas, nessa, não encontro o que chamam de amor,
então, por que falam que ele existe,
como ele é e onde o encontro?


Se lhe deram um nome, então, ele existe, ele é.
Não importa se ficcional ou real.
Pergunta metafísica: é uma ilusão, uma mera idéia
ou tão real quanto o que vejo, ouço e toco?

Ilusão? Uma imaginação? Duvido!
Não só porque falam do amor verdadeiro, real,
mas porque distinguem-no de ambos.
Funda-se, essa distinção, na existência do que é e do que parece ser amor.

Mas, se ele é real, como o identifico? Como o encontro?
Descrever o amor é como comer uma idéia.
Não dá: reinos distintos. Mas, como não buscar nas palavras,
um maneira de torná-lo perceptível e, o que importa, comunicável?

Teimosia justificada: porque o amor é SENTIDO,
em mais de um sentido.
Quando acontece, transborda, alegra o espírito,
e, com isso, transforma perspectivas.

Chame de amor o que quiseres, condene-o se te aprazes.
Isso não o afeta e não importa a quem ama,
pois a alegria de tê-lo, satisfaz.


Como o encontramos? Ele surge de repente,
sem aviso,
mais forte que a vontade,
na alma de quem o sente."

Ana

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Lou Salomé


Sexta-feira passada conheci Lou Salomé. Eu sempre quis fazer grande coisa da minha vida, agora posso dizer que estou ao lado de Freud, Jung, Nietzsche, Sartre e tantos outros.O fantasma de Rilke ainda assombra, ela está super bem, aliás como sempre. O tempo é mais um apaixonado por ela, teima em não lhe dar rugas. Tivemos alguns encontros fortuitos onde desenvolvi algumas técnicas platônicas (se é que existem). O cabelo dela é meio desajeitado (vide foto ao lado), eu gosto mesmo assim. Lhes asseguro que ela é puro sentimento. Contagiante, tanto que estou aqui a escrever, já foram dez poemas. Mas como tenho outras coisas pra fazer e ela também, decidimos parar com esse sentimentalismo, afinal de contas estamos na pós-modernidade, esse romantismo do início do século passado já acabou. Vamos testar a hipótese de Zygmund Bauman, vamos ver se o amor é (ou está) mesmo líquido. Teremos nosso ultimo encontro hoje à noite, daí vamos escrever nossas teses, fazer nossos trabalhos, encontrar nossos amigos, resolver nossos problemas e daqui a seis meses tomamos um chá juntos pra ver o que acontece.

Abaixo vai um dos melhores poemas dela,

“Ouse, ouse... ouse tudo!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!”Lou-Salomé
Sim amigos, ela reencarnou!