quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
sábado, 1 de dezembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Indo para Comala
o verde me agrada
o vermelho inflama
o branco dói
o preto apaga tudo
assim vou indo
para Comala
o caminho é escuro
porém, tranquilo
não quero saber do resto
só quero chegar lá
em Comala
onde tudo termina
-ou começa.
o vermelho inflama
o branco dói
o preto apaga tudo
assim vou indo
para Comala
o caminho é escuro
porém, tranquilo
não quero saber do resto
só quero chegar lá
em Comala
onde tudo termina
-ou começa.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
temperos
sem açúcar, pouco sal
quem precisa dos temperos?
eles servem só pra enganar o paladar!
a essência é mais importante!
quero você assim:
sem açúcar, pouco sal
quem precisa dos temperos?
eles servem só pra enganar o paladar!
a essência é mais importante!
quero você assim:
sem açúcar, pouco sal
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Entrevista com Brizola
A velha rosa vermelha, símbolo do velho trabalhismo dos tempos de Vargas e Jango, ainda brilha. No céu eles juntamente com o recém chegado Brizola deitam e rolam. Os anjinhos andam em polvorosa, muitos santos já simpatizam com o ideário do Partido Trabalhista Celeste (PTC). A situação está tão grave que alguns analistas dizem que é questão de tempo até Deus ser desbancado de seu trono. Desde o grande expurgo dos comunistas depois da chegada de Stálin não havia ameaça real ao reinado celeste, E o nosso leão de Carazinho está lá, sendo um dos principais articuladores. A confusão é tamanha que, mesmo com a rígida política anti-migratória do Céu, conseguimos infiltrar nosso repórter lá e o resultado é essa esplendida entrevista.
Brancaleone. Dr. Brizola, o que mudou com sua chegada aqui no Céu?
Brizola. Além de recuperar o vigor da juventude, pude rever vários amigos que tinham se ido. E como sou de não ficar parado resolvi me engajar na luta por um Céu melhor para se viver a eternidade.
Branca. Mas o que o trabalhismo celeste defende?
Brizola. Defendemos fundamentalmente a democracia, é inadmissível que uma ser só (Deus) governe isso aqui por toda a eternidade. Exigimos um regime republicano com eleições diretas para presidente e congresso independente. Desde os tempo de Adão e Eva continua tudo do mesmo jeito. Queremos inovar, o Céu não pode passar incólume a todos os avanços tecnológicos terrenos. Menos monotonia e mais interação com outros ambientes, nossa primeira medida será firmar um acordo de cooperação com o inferno e legalizar a interação com o mundo terreno. É inadmissível que cada vez que queremos ver alguém vivo precisamos nos transverter em fantasmas, é preciso legalizar essa prática que já é milenar.
Branca. Mas muitos outros já tentaram, e só o que conseguiram foram sua expulsão do Céu. Como vocês pretendem acabar com uma gestão que sobrevive intocada há milênios? E melhor, sem nenhum indício de corrupção.
Brizola. Não é bem assim, Deus teve sua confiança abalada quando se aliou com o Diabo no expurgo dos comunistas há 50 anos, desde aquela época alguns santos já se mostram desconfiados para com ele. Santo Agostinho e São Jorge já estão conosco e ao que tudo indica Madre Teresa filiar-se-á ao partido nos próximos dias. É verdade que as coisas ficaram mais difíceis com a chegada aqui do Roberto Marinho, mas nossa luta há de ser vitoriosa.
Branca. Como o senhor avalia a candidatura de Cristovam Buarque à presidência do Brasil pelo seu antigo partido, o PDT?
Brizola. Olha, lá embaixo as coisas não vão nada bem, mas não basta ser baixinho e gorducho para se comparar com o Getúlio, e além do mais seu passado petista o condena.
Branca. E o Lula? Com o senhor o vê?
Brizola. Aquele sapo barbudo não aprende mesmo, tentou puxar o saco da Globo e se lascou...
A entrevista acaba repentinamente. Somos obrigados a correr, pois uma horda de anjinhos armados até os dentes nos avistou e não queremos correr o risco de passar o resto da eternidade no Céu.
Até a próxima!
Ih! Essa foi foda!
Brancaleone. Dr. Brizola, o que mudou com sua chegada aqui no Céu?
Brizola. Além de recuperar o vigor da juventude, pude rever vários amigos que tinham se ido. E como sou de não ficar parado resolvi me engajar na luta por um Céu melhor para se viver a eternidade.
Branca. Mas o que o trabalhismo celeste defende?
Brizola. Defendemos fundamentalmente a democracia, é inadmissível que uma ser só (Deus) governe isso aqui por toda a eternidade. Exigimos um regime republicano com eleições diretas para presidente e congresso independente. Desde os tempo de Adão e Eva continua tudo do mesmo jeito. Queremos inovar, o Céu não pode passar incólume a todos os avanços tecnológicos terrenos. Menos monotonia e mais interação com outros ambientes, nossa primeira medida será firmar um acordo de cooperação com o inferno e legalizar a interação com o mundo terreno. É inadmissível que cada vez que queremos ver alguém vivo precisamos nos transverter em fantasmas, é preciso legalizar essa prática que já é milenar.
Branca. Mas muitos outros já tentaram, e só o que conseguiram foram sua expulsão do Céu. Como vocês pretendem acabar com uma gestão que sobrevive intocada há milênios? E melhor, sem nenhum indício de corrupção.
Brizola. Não é bem assim, Deus teve sua confiança abalada quando se aliou com o Diabo no expurgo dos comunistas há 50 anos, desde aquela época alguns santos já se mostram desconfiados para com ele. Santo Agostinho e São Jorge já estão conosco e ao que tudo indica Madre Teresa filiar-se-á ao partido nos próximos dias. É verdade que as coisas ficaram mais difíceis com a chegada aqui do Roberto Marinho, mas nossa luta há de ser vitoriosa.
Branca. Como o senhor avalia a candidatura de Cristovam Buarque à presidência do Brasil pelo seu antigo partido, o PDT?
Brizola. Olha, lá embaixo as coisas não vão nada bem, mas não basta ser baixinho e gorducho para se comparar com o Getúlio, e além do mais seu passado petista o condena.
Branca. E o Lula? Com o senhor o vê?
Brizola. Aquele sapo barbudo não aprende mesmo, tentou puxar o saco da Globo e se lascou...
A entrevista acaba repentinamente. Somos obrigados a correr, pois uma horda de anjinhos armados até os dentes nos avistou e não queremos correr o risco de passar o resto da eternidade no Céu.
Até a próxima!
Ih! Essa foi foda!
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Esperança Vermelha
O quê você quer? O quê?
Luta! Mudança!
Mudar a vida!
Pois é! O quê?
Não é só mandato,
Partido, pra quê?
Luta, mudança!
Mudar a vida! O quê?
Caciques, patrões
não nos servem, pra quê?
não saímos das trincheiras,
ainda lutamos!
Pois é! Pra quê?
Nosso Partido!
O povo de novo
Pois é! O quê?
O sapato aperta
A criança chora
Pois é! O quê?
Há de chegar a nossa hora
Não há mais tempo,
tem que ser agora!
Partido, Pois é! O quê?
nosso sangue, Vermelho!
Força! Pra quê?
Trabalhadores no poder!
queremos todo, tudo! O quê?
Uma centelha só não basta,
A luta faz acontecer
Pois é! O quê?
Nossa luta é vermelha!
Nossa estrela é vermelha!
Não tem como ser diferente
Nossa Esperança também é Vermelha!
Luta! Mudança!
Mudar a vida!
Pois é! O quê?
Não é só mandato,
Partido, pra quê?
Luta, mudança!
Mudar a vida! O quê?
Caciques, patrões
não nos servem, pra quê?
não saímos das trincheiras,
ainda lutamos!
Pois é! Pra quê?
Nosso Partido!
O povo de novo
Pois é! O quê?
O sapato aperta
A criança chora
Pois é! O quê?
Há de chegar a nossa hora
Não há mais tempo,
tem que ser agora!
Partido, Pois é! O quê?
nosso sangue, Vermelho!
Força! Pra quê?
Trabalhadores no poder!
queremos todo, tudo! O quê?
Uma centelha só não basta,
A luta faz acontecer
Pois é! O quê?
Nossa luta é vermelha!
Nossa estrela é vermelha!
Não tem como ser diferente
Nossa Esperança também é Vermelha!
Verdade
Ela pode,
Pode tudo!
Cantar,
não para embalar o bebê!
Cozinhar,
não para esperar o marido!
Correr,
e não ter medo da chuva!
Olhar no espelho,
não para se maquiar!
Ela pode tudo
bater martelo,
trocar lâmpada,
e dar rosas aos porcos!
Já não precisa de seu ventre
Só de vento!
Pode tudo!
Cantar,
não para embalar o bebê!
Cozinhar,
não para esperar o marido!
Correr,
e não ter medo da chuva!
Olhar no espelho,
não para se maquiar!
Ela pode tudo
bater martelo,
trocar lâmpada,
e dar rosas aos porcos!
Já não precisa de seu ventre
Só de vento!
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
sábado, 13 de outubro de 2007
Lanceiros em Marcha
Lanceiros de hoje
Lutam contra a Guerra
Essa Guerra de Coqueiros
Que tem como arma o latifúndio
e a ignorância como escudo.
imensidão de exclusão!
Essa Guerra é muita terra
Essa terra quer mais semente,
bom trato,
mais gente!
Essa gente que marcha,
traz suas crianças
e muitas esperanças
pra transformar essa guerra em paz
reforma agrária!
É assim que se faz
na luta
terra pra toda essa gente
e não só pra um vivente!
Lutam contra a Guerra
Essa Guerra de Coqueiros
Que tem como arma o latifúndio
e a ignorância como escudo.
imensidão de exclusão!
Essa Guerra é muita terra
Essa terra quer mais semente,
bom trato,
mais gente!
Essa gente que marcha,
traz suas crianças
e muitas esperanças
pra transformar essa guerra em paz
reforma agrária!
É assim que se faz
na luta
terra pra toda essa gente
e não só pra um vivente!
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Ousadia e Prudência
Eu bebi uma dose,
queria outra.
Queria a outra
Você já não me bastava.
Muito tédio na TV
Nenhum livro pra ler
Não ouço mais nada
Ah! Essa realidade!
Só te peço,
não me deixa saudade.
E agora?
levanto a cabeça,
abaixo o medo,
Vivo a escolha,
E, entre ousadia e prudência...
fico com as duas,
bebo umas,
e deixo você!
Parceria com Chico Buarque. Escrevi isso ouvindo Cotidiano, do Chico. Portanto seria muito egoísmo de minha parte não repartir a autoria com ele. Mas, ta feito, ta aí! E quem fez foi eu e o Chico!
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
O soneto das lágrimas doces
Quando a sensibilidade aflora,
abandona a razão
para fazer o injustificado,
seguir o impossível outrora
brotam nascentes na alma
que correm olhos abaixo
molhando, limpando
e afastando, porém, toda calma
quero nesses rios matar minha sede
não só porque o gosto me agrada
é meu ombro que ânsia ver-te
porque se tuas lágrimas são tão doces
não é sinal de imperfeição
decerto é o mel de que feito teu coração
abandona a razão
para fazer o injustificado,
seguir o impossível outrora
brotam nascentes na alma
que correm olhos abaixo
molhando, limpando
e afastando, porém, toda calma
quero nesses rios matar minha sede
não só porque o gosto me agrada
é meu ombro que ânsia ver-te
porque se tuas lágrimas são tão doces
não é sinal de imperfeição
decerto é o mel de que feito teu coração
Te recuerdo Amanda
Te Recuerdo Amanda
Texto y música de Víctor Jara
Canción-vals
Te recuerdo, Amanda,
la calle mojada,
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
La sonrisa ancha,
la lluvia en el pelo,
no importaba nada,
ibas a encontarte con él.
Con él, con él, con él, con él.
Son cinco minutos. La vida es eterna en cinco minutos.
Suena la sirena. De vuelta al trabajo
y tœ caminando lo iluminas todo,
los cinco minutos te hacen florecer.
Te recuerdo, Amanda,
la calle mojada
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
La sonrisa ancha,
la lluvia en el pelo,
no importaba nada
ibas a encontrarte con él.
Con él, con él, con él, con él.
que partió a la sierra,
que nunca hizo daño. Que partió a la sierra,
y en cinco minutos quedó destrozado.
Suena la sirena, de vuelta al trabajo
muchos no volvieron, tampoco Manuel.
Te recuerdo, Amanda,
la calle mojada,
corriendo a la fábrica
donde trabajaba Manuel.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Carta a um velho, endereçada ao Sr. Capitalismo
Estás velho, muito velho!
As rugas marcam teu rosto,
dão certo teu tardio desfecho.
O moribundo não sabe sua hora,
a tua chegou.
É o começo do fim!
O passado se revela, toma corpo
e vem roubar-te o bem precioso.
Tua vida não vale muito,
tuas fezes mais.
Os anos não lhe passaram bem.
Teus feitos não foram gloriosos,
ao menos quis que fossem?
Tamanha mediocridade!
O medo te acompanha desde a juventude,
nunca ousou!
Teu antídoto predileto: a mentira, não serve mais.
Nem os tolos a suportam.
Os amigos não te foram fiéis,
Trapacearam. Eram como tu,
Hipócrita, repugnante e falsário!
Toda precaução, economia,
Servem-te agora?
As fugas? A pose?
A morte te espera!
Há de ser lenta e dolorida,
é o que te rogo!
Por ignorância ou pena,
uns pobres entes,
hão de velar teus restos.
Não te aflijas!
Apenas continue, siga o caminho.
O temor inspira ódio
e anima teus algozes.
As rugas marcam teu rosto,
dão certo teu tardio desfecho.
O moribundo não sabe sua hora,
a tua chegou.
É o começo do fim!
O passado se revela, toma corpo
e vem roubar-te o bem precioso.
Tua vida não vale muito,
tuas fezes mais.
Os anos não lhe passaram bem.
Teus feitos não foram gloriosos,
ao menos quis que fossem?
Tamanha mediocridade!
O medo te acompanha desde a juventude,
nunca ousou!
Teu antídoto predileto: a mentira, não serve mais.
Nem os tolos a suportam.
Os amigos não te foram fiéis,
Trapacearam. Eram como tu,
Hipócrita, repugnante e falsário!
Toda precaução, economia,
Servem-te agora?
As fugas? A pose?
A morte te espera!
Há de ser lenta e dolorida,
é o que te rogo!
Por ignorância ou pena,
uns pobres entes,
hão de velar teus restos.
Não te aflijas!
Apenas continue, siga o caminho.
O temor inspira ódio
e anima teus algozes.
Fim
Vejo que o fim está próximo,
coisas velhas, usadas, surradas,
nada de novo,
só os cabelos brancos...
rareando na tez calva.
Está acabando!
Vejo o sol se pôr.
Não há mais crianças na praça!
A escuridão esconde tudo.
Tudo o quê?
Já não existe nada!
Tudo acabou!
coisas velhas, usadas, surradas,
nada de novo,
só os cabelos brancos...
rareando na tez calva.
Está acabando!
Vejo o sol se pôr.
Não há mais crianças na praça!
A escuridão esconde tudo.
Tudo o quê?
Já não existe nada!
Tudo acabou!
domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Ontem à noite
Você apareceu
Eu não queria sonhar,
mas dormi ao teu lado.
meu ombro adormeceu
Todo mundo lá fora
Sua cabeça doía,
você disse que ia passar,
E nós aqui dentro.
Não nos tocávamos
Bolhas no ar, cores,
era assim, foi assim.
Experimentávamos-nos.
Ofereci uma rosa roubada,
recebi um jardim novo.
Eu não queria sonhar,
mas dormi ao teu lado.
meu ombro adormeceu
Todo mundo lá fora
Sua cabeça doía,
você disse que ia passar,
E nós aqui dentro.
Não nos tocávamos
Bolhas no ar, cores,
era assim, foi assim.
Experimentávamos-nos.
Ofereci uma rosa roubada,
recebi um jardim novo.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Ode ao amor
Sentimento pobre, mesquinho e desumano. “Eu te amo”, maldito seja aquele que roga essa maldita frase. Está aí o germe de toda diferenciação social, amo este e não aquele, o amor de minha vida, os amores de minha vida, pobre desafortunado aquele que diz amar, contenta seus íntimos desejos e relega ao esquecimento seus não-amados, satisfaz sua consciência com o infortúnio da humanidade. A base da família é o amor, instituição podre, arcaica, é a pior moléstia da sociedade, a (des)estruturação toda esta aí. O amor garante-nos um mundo onde bilhões de seres humanos não desenvolvem suas plenas capacidades, bilhões não se alimentam cotidianamente, também pudera ... bilhões amam.
talvez Nietsche goste!
talvez Nietsche goste!
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
O soneto das lágrimas doces
Quando a sensibilidade aflora,
abandona a razão
para fazer o injustificado,
seguir o impossível outrora
brotam nascentes na alma
que correm olhos abaixo
molhando, limpando
e afastando, porém, toda calma
quero nesses rios matar minha sede
não só porque o gosto me agrada
é meu ombro que ânsia ver-te
porque se tuas lágrimas são tão doces
não é sinal de imperfeição
decerto é o mel de que feito teu coração
abandona a razão
para fazer o injustificado,
seguir o impossível outrora
brotam nascentes na alma
que correm olhos abaixo
molhando, limpando
e afastando, porém, toda calma
quero nesses rios matar minha sede
não só porque o gosto me agrada
é meu ombro que ânsia ver-te
porque se tuas lágrimas são tão doces
não é sinal de imperfeição
decerto é o mel de que feito teu coração
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Construção
Construção
para Susana San Juan
Gosto de banhar-me no mar,
ele não me entende.
O pôr-do-sol fica cada dia mais bonito,
ele não me entende.
O relógio anda muito rápido,
ele não me entende.
Quero mudar-te,
você não me entende.
para Susana San Juan
Gosto de banhar-me no mar,
ele não me entende.
O pôr-do-sol fica cada dia mais bonito,
ele não me entende.
O relógio anda muito rápido,
ele não me entende.
Quero mudar-te,
você não me entende.
Flores
O sexo das plantas,
pecado vegetal.
Entorpece o ar,
alimenta o beija-flor,
agrada aos olhos e o nariz
Abaixo as flores!
Viva a estaquia!
Viva a enxertia!
Muitos vivas à reprodução assexuada!
Menos a transgenia.
pecado vegetal.
Entorpece o ar,
alimenta o beija-flor,
agrada aos olhos e o nariz
Abaixo as flores!
Viva a estaquia!
Viva a enxertia!
Muitos vivas à reprodução assexuada!
Menos a transgenia.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
terça-feira, 11 de setembro de 2007
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Voz Ativa
Muitas caras não mudam,
só algumas rugas a mais.
Muitos nomes não mudam,
só um jeito novo de escrever.
Muitas pessoas não mudam,
só alguns amigos a mais.
Muitas idéias continuam retrógradas,
só alguns adjetivos a mais.
Apesar disso,
nossas vitórias,
nossas conquistas,
nossos sonhos,
nossa luta está viva!
Não! Aquelas idéias não vão voltar!
Não! A Nossa luta não vai parar!
Não! Eles não vão calar a nossa voz!
Sim! Nosso grito se faz ouvir!
A prática nos põe a prova
e a teoria nos revigora!
A luta se faz valer,
Voz Ativa pra vencer!
só algumas rugas a mais.
Muitos nomes não mudam,
só um jeito novo de escrever.
Muitas pessoas não mudam,
só alguns amigos a mais.
Muitas idéias continuam retrógradas,
só alguns adjetivos a mais.
Apesar disso,
nossas vitórias,
nossas conquistas,
nossos sonhos,
nossa luta está viva!
Não! Aquelas idéias não vão voltar!
Não! A Nossa luta não vai parar!
Não! Eles não vão calar a nossa voz!
Sim! Nosso grito se faz ouvir!
A prática nos põe a prova
e a teoria nos revigora!
A luta se faz valer,
Voz Ativa pra vencer!
Lua
Saúdo o crepúsculo
e temo o amanhecer.
Nasceste para a noite.
Se melena tivesse, seria negra.
Assim como teus olhos.
A escuridão realça tua alvura,
Que tanto encanta, cativa e seduz.
Contemplo-te horas a fio
Queria-te só para mim,
Não posso ser tão egoísta!
Tuas lágrimas, tão puras
Regam manhãs de tua ausência
Quero abraçar-te,
mas meus braços não te envolvem.
Quero beijar-te
e minha boca não te alcança.
Nuvens não me amedrontam,
tenho certeza que passarão
e lá estarás, eterna
mais linda do que nunca.
Para sempre
Minha Lua!
e temo o amanhecer.
Nasceste para a noite.
Se melena tivesse, seria negra.
Assim como teus olhos.
A escuridão realça tua alvura,
Que tanto encanta, cativa e seduz.
Contemplo-te horas a fio
Queria-te só para mim,
Não posso ser tão egoísta!
Tuas lágrimas, tão puras
Regam manhãs de tua ausência
Quero abraçar-te,
mas meus braços não te envolvem.
Quero beijar-te
e minha boca não te alcança.
Nuvens não me amedrontam,
tenho certeza que passarão
e lá estarás, eterna
mais linda do que nunca.
Para sempre
Minha Lua!
Provérbios (com)sentidos:
Sabão
O sabão lava a mão, que por sua vez faz o sabão. Essa simbiose ferrenha remove a sujeira.
Carmela rimada
Jaz nela,
naquela incrível janela.
Sua imagem!
Oh! Carmela,
quanta saudade...
...da tua canela.
Razão e ração
A razão da ração é a alimentação!
A razão é autofágica,
Não precisa de ração pra sobreviver
Muito embora...
...não viva a ração sem razão.
Síntese: a ração sem razão é gula!
Monstro de mim mesmo
O verme maldito da ignorância habitava minhas vísceras. Crescia, crescia e a cada dia ficava mais forte. Aguardava com ânsia o dia de sua libertação, quando enfim poderia guiar seus próprios atos, ser senhor de sua vontade, de seu destino. Deseducava-me, alfabetizava-me. Minhas forças esvaiam, não conseguia mais lutar. Por fim desisti, entreguei-me ao maldito verme e atingi a felicidade plena.
O sabão lava a mão, que por sua vez faz o sabão. Essa simbiose ferrenha remove a sujeira.
Carmela rimada
Jaz nela,
naquela incrível janela.
Sua imagem!
Oh! Carmela,
quanta saudade...
...da tua canela.
Razão e ração
A razão da ração é a alimentação!
A razão é autofágica,
Não precisa de ração pra sobreviver
Muito embora...
...não viva a ração sem razão.
Síntese: a ração sem razão é gula!
Monstro de mim mesmo
O verme maldito da ignorância habitava minhas vísceras. Crescia, crescia e a cada dia ficava mais forte. Aguardava com ânsia o dia de sua libertação, quando enfim poderia guiar seus próprios atos, ser senhor de sua vontade, de seu destino. Deseducava-me, alfabetizava-me. Minhas forças esvaiam, não conseguia mais lutar. Por fim desisti, entreguei-me ao maldito verme e atingi a felicidade plena.
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