terça-feira, 2 de outubro de 2007

Carta a um velho, endereçada ao Sr. Capitalismo

Estás velho, muito velho!
As rugas marcam teu rosto,
dão certo teu tardio desfecho.
O moribundo não sabe sua hora,
a tua chegou.
É o começo do fim!
O passado se revela, toma corpo
e vem roubar-te o bem precioso.
Tua vida não vale muito,
tuas fezes mais.
Os anos não lhe passaram bem.
Teus feitos não foram gloriosos,
ao menos quis que fossem?
Tamanha mediocridade!
O medo te acompanha desde a juventude,
nunca ousou!
Teu antídoto predileto: a mentira, não serve mais.
Nem os tolos a suportam.
Os amigos não te foram fiéis,
Trapacearam. Eram como tu,
Hipócrita, repugnante e falsário!
Toda precaução, economia,
Servem-te agora?
As fugas? A pose?
A morte te espera!
Há de ser lenta e dolorida,
é o que te rogo!
Por ignorância ou pena,
uns pobres entes,
hão de velar teus restos.
Não te aflijas!
Apenas continue, siga o caminho.
O temor inspira ódio
e anima teus algozes.

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